Anvisa determina recolhimento de 78 produtos das empresas Cosmoética e Ozontek por irregularidades em registro
Escolher um produto cosmético de qualidade vai muito além da marca ou da promessa estampada na embalagem. É essencial verificar se ele possui registro ou notificação junto à Anvisa, conforme sua finalidade e grau de risco. O uso de itens sem a devida regularização pode trazer riscos sérios à saúde, independentemente da região do corpo em que sejam aplicados.
A preocupação aumentou após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinar, em 6 de outubro, o recolhimento de 78 produtos cosméticos irregulares das empresas Cosmoética e Ozontek. Os itens, voltados para cuidados com pele, cabelo e higiene bucal, estavam apenas notificados como cosméticos de baixo risco, quando, na verdade, deveriam ser registrados.
De acordo com a Anvisa, a ausência de registro impede a comprovação da qualidade, segurança e eficácia exigidas por lei. Denúncias sobre produtos irregulares podem ser feitas diretamente à agência pelo telefone 0800 642 9782.
Diferença entre cosmético e medicamento
Segundo Patrícia Martinski, dermatologista da Afya Educação Médica Curitiba, é fundamental compreender a diferença entre um produto farmacológico e um cosmético.
“O fármaco tem como objetivo tratar ou curar uma condição do corpo ou uma doença. Já o cosmético é destinado à higiene, perfumação ou embelezamento. O controle da Anvisa é essencial porque os medicamentos contêm ativos mais potentes, que podem gerar efeitos colaterais e precisam ser usados sob acompanhamento médico”, explica.
Enquanto os medicamentos exigem registro formal na Anvisa, os cosméticos, por apresentarem baixo risco, precisam apenas de notificação. Essa distinção é o que determina o rigor da fiscalização e o nível de segurança dos produtos disponíveis no mercado.
O que fazer em caso de uso indevido
A dermatologista orienta que, caso alguém tenha adquirido ou utilizado um produto irregular, o primeiro passo é interromper imediatamente o uso e lavar a área afetada com água corrente limpa.
“Evite aplicar pomadas ou outros medicamentos antes de uma avaliação médica. O ideal é procurar um dermatologista; se não for possível, busque um serviço de emergência. E lembre-se de levar o produto e a embalagem à consulta, para facilitar o diagnóstico e o tratamento”, recomenda Patrícia.
A lista completa dos produtos recolhidos pela Anvisa pode ser consultada neste link.
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