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Reconstrução de Gaza pode levar décadas e custar US$ 70 bilhões, aponta ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta terça-feira (14) um relatório alarmante sobre a destruição e os desafios de reconstrução na Faixa de Gaza. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a recuperação completa da região poderá levar décadas, com um custo estimado em US$ 70 bilhões.

De acordo com o levantamento, mais de 80% das edificações de Gaza foram destruídas ou severamente danificadas, resultando em um volume de 55 milhões de toneladas de escombros — o equivalente a 13 pirâmides do Egito. A ONU descreve a situação como “devastadora”, destacando que cerca de 67 mil pessoas perderam a vida desde o início do conflito.

O impacto econômico é igualmente grave. Quase 88% das empresas locais foram total ou parcialmente destruídas, o que levou ao colapso do setor privado palestino. Sem infraestrutura, empregos ou investimentos, a economia da região foi praticamente paralisada.

Diante desse cenário, o PNUD afirma que os próximos anos serão dedicados ao mapeamento de prioridades e à captação de recursos emergenciais, estimados em US$ 20 bilhões, para as primeiras fases da reconstrução. O plano inclui a remoção de destroços, a restauração de serviços básicos e a reconstrução de moradias e hospitais.

Além dos desafios humanitários e logísticos, a ONU destaca que a reconstrução de Gaza exigirá cooperação internacional e coordenação diplomática, envolvendo governos, organizações multilaterais e o setor privado global. A complexidade da operação, segundo especialistas, também levanta questões sobre sustentabilidade, tecnologias de reconstrução e mecanismos de paz duradoura na região.

A ONU alerta que, sem estabilidade política e apoio global contínuo, a recuperação de Gaza poderá se arrastar por mais de uma geração — tornando-se um dos maiores desafios humanitários e econômicos da história recente.


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