Estado já conta com mais de 285 mil conexões operacionais e 113 mil empregos gerados pelo setor
Setembro de 2025 – O Paraná acaba de consolidar sua posição como um dos líderes nacionais em energia solar. De acordo com mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado já registra 3,7 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, com mais de R$ 17,3 bilhões em investimentos acumulados.
Desde 2012, a geração própria de energia solar proporcionou ao Paraná a criação de mais de 113 mil empregos e o repasse de R$ 5,3 bilhões aos cofres públicos. Atualmente, o território paranaense conta com 285 mil conexões em operação, distribuídas em 100% dos 399 municípios, beneficiando mais de 398 mil consumidores com redução na conta de luz, maior autonomia e segurança energética.
Além de sustentável, a geração distribuída traz retorno econômico expressivo. Estudo recente da consultoria Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, aponta que a economia líquida na conta de luz dos brasileiros deve ultrapassar R$ 84,9 bilhões até 2031, incluindo benefícios para quem possui e para quem não possui sistemas fotovoltaicos.
Debate no Congresso
Apesar dos avanços, o setor acompanha com atenção a tramitação das Medidas Provisórias n° 1300/2025 e 1304/2025, que tratam da reforma do setor elétrico. Entre os pontos mais sensíveis está a manutenção do parágrafo 10, no artigo 3º da Lei nº 9.427/1996, incluído no relatório da MP 1300/2025. O dispositivo dá à Aneel a possibilidade de impor modalidades tarifárias compulsórias, inclusive com cobranças fixas (tarifa binômia), o que, segundo a ABSOLAR, pode gerar insegurança jurídica e desestimular investimentos.
“A democratização da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na transição energética, atrai novos investimentos, gera empregos verdes, fortalece a sustentabilidade e alivia o orçamento das famílias”, afirma Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR.
No Paraná, parlamentares como Beto Richa, Geraldo Mendes, Felipe Francischini, Padovani, Reinhold Stephanes e Luiz Carlos Hauly deverão tomar decisões cruciais sobre o futuro da geração distribuída.
Para Liciany Ribeiro, coordenadora estadual da ABSOLAR, a revisão das regras estabelecidas pela Lei 14.300/2022, aprovada quase por unanimidade no Congresso, seria um retrocesso:
“Nove em cada dez brasileiros querem gerar sua própria energia limpa e renovável. Alterar regras tão recentes seria impopular, desalinhado com a transição energética e poderia levar a insegurança jurídica e judicialização indesejada.”
Sobre a ABSOLAR
Fundada em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) reúne todos os elos da cadeia de valor da energia solar e de tecnologias limpas como armazenamento elétrico e hidrogênio verde. Com associados nacionais e internacionais, a entidade é referência em informação e articulação para impulsionar a transição energética no Brasil.