O Paraná ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de geração de empregos pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No primeiro semestre de 2025, foram criadas 94.219 novas vagas no estado, das quais 61.143 — 64,89% do total — vieram de microempresas e empresas de pequeno porte. Apenas São Paulo e Minas Gerais superaram o desempenho paranaense.
O setor de Serviços liderou a geração de postos de trabalho pelas MPE, com 30.603 novas oportunidades, seguido pela Indústria de Transformação (12.102), Comércio (8.607), Construção (7.306), Agropecuária (1.960) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (329).
De acordo com César Reinaldo Rissete, diretor-técnico do Sebrae/PR, esses números reforçam a importância dos pequenos negócios para o desenvolvimento econômico e social. “As micro e pequenas empresas são alicerces importantes da economia e, mais uma vez, mostram que podem gerar impacto real em toda a sociedade”, afirma.
O movimento também é sentido na Região Metropolitana de Curitiba, onde empresas como o Grupo Amata, do setor de construção civil, ampliaram o quadro de funcionários para atender novas demandas e se estruturar administrativamente. No comércio, empreendedoras como Neliffer Salvatierra, especialista em visagismo óptico, também aumentaram suas equipes para acompanhar o crescimento da clientela.
No oeste do estado, histórias como a de Rosely Ivett Rayzel Maciel, de Cascavel, ilustram o impacto positivo do segmento. O que começou com a produção de cuias de porongo na garagem de casa se transformou na loja física Rancho Campeiro, que hoje conta com duas funcionárias registradas e 20 colaboradores terceirizados.
No cenário nacional, as micro e pequenas empresas contrataram mais de 747 mil pessoas no primeiro semestre de 2025, representando 64% de todos os novos postos formais. O setor de Serviços foi o mais dinâmico, tanto no Paraná quanto no Brasil, seguido por Comércio e Construção.
Além disso, o IBGE registrou a menor taxa de desemprego dos últimos 13 anos: 5,8% no trimestre encerrado em junho, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
