Olá, prazer! Me chamo Vivian.
Vivian Escorsin do Nascimento no cartório. Vivian Escorsin nas assinaturas por aí. Gibi para o meu pai, Xucreida para a minha irmã, Nina para o meu marido, Mucha para uma grande amiga… Apelidos “da turma” nunca pegaram comigo, mas acho que cada um encontra um jeitinho só seu de me chamar. Ou de nos chamarmos, pois nunca sei quem começa, mas geralmente retribuo com o mesmo apelido ou alguma versão dele.
Bom, acho que já nos conhecemos até que bem, não?!
Vou tentar não ser repetitiva aqui e falar do que faço ou do que já fiz, daquilo que se espera que se diga numa apresentação.
Vou falar de coisas que não saio falando por aí, para qualquer um, combinado?
Se você quer me conhecer de verdade, precisa saber que eu amo tomar banho. Sim, ficar lá, embaixo do chuveiro pelando de tão quente por horas e horas é meu sonho (ah! se água não fosse um recurso finito). Na prática, meus banhos acabam demorando um pouquinho mais do que deveriam (só um pouquinho, ok?). Não que eu tenha mania extrema de limpeza, sem neura, mas é nos banhos que penso na vida, que resolvo os meus problemas, que tenho ideias, que crio realidades e universos paralelos, que tenho tempo livre para digerir a realidade. E, enquanto o banho acalma e dá sono para muitos, eu saio do banho acordadíssima, praticamente pronta para correr uma maratona! E parar falar e fazer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo, tipo mudar todos os móveis da casa de lugar. Banhos antes de dormir para mim, você já deve imaginar, não são a melhor escolha.
Outra coisa que gosto muito é de jogos. Principalmente os analógicos. Jogos de cartas, jogos de tabuleiro, quebra-cabeça. Na última semana comprei dois quebra-cabeças. No mesmo dia comecei a montar, em menos de uma semana terminei o primeiro. Acho que gosto tanto dos jogos porque desde pequena joguei muito. E eles criavam – e ainda criam – momentos únicos de interação, de presença, de conexão, de entrega, de diversão. Meu sonho aqui é ter uma noite por semana voltada para os jogos, com amigos que venham em casa e que, caso surja um compromisso extra, a gente diga “hm, quinta não posso, quinta é a noite dos jogos!”
Agora, se tem uma coisa que eu não gosto, é quando as pessoas estão no jogo, mas não estão jogando de verdade. Quando não se entregam ao jogo, quando estão pensando ou fazendo outras coisas e o jogo fica em segundo plano, quando demoram para jogar na sua vez. Ei, se você não vai jogar de verdade, então não joga! Simples assim.
Mas jogue comigo. E jogue de verdade.
Você entendeu, né?!
Outra coisa que não gosto (e que costuma espantar todo mundo) é de café. Não gosto do gosto amargo do café. Não gosto do cheiro forte do café, que domina todo o ambiente. Não gosto do cheiro do café recém passado. Não gosto do cheiro do café no potinho da loja de perfumes. Não gosto do cheiro do café no hálito das pessoas. Não gosto do processo de fazer café – dá trabalho, faz bagunça, ui. Não gosto de café. Mas, por mais estranho que possa parecer, meu sonho é ir a Paris, me sentar em uma cafeteria pequena e bem tradicional, em uma esquina qualquer e me deliciar com, adivinhe… um café! Vai entender.
Aqui, sem querer, já abri um gancho para outra coisa que amo: viajar! Gosto de fazer as malas, gosto de pesquisar mil coisas sobre o destino, organizar planilhas, custos, processos. Gosto de ter bases sólidas nas viagens e gosto de não ter planejamento nenhum. Gosto de viajar sozinha. Gosto de viajar acompanhada. Gosto de viajar para lugares novos e de voltar para lugares que já fui. (É legal ver como nós e os lugares mudamos muito depois de alguns anos, mas também somos os mesmos. Já experimentou?) Gosto de conhecer outras pessoas, outras culturas, outras formas de ser, de fazer e de viver. Amo viajar.
Mas também gosto muito de ficar em casa. De ficar deitada, abraçada com as minhas cachorras, acariciando o pelo delas, fazendo carinho. Outra coisa que me traz para o presente e que ao mesmo tempo me leva para outros mundos. Fico ali, ao mesmo tempo sentindo a sensação do pelo em minhas mãos, o amor por elas transborda e fico viajando no nada. Não vejo o tempo passar. Acho que é isso que chamam mesmo de casa.
E você? Já parou para pensar no que realmente gosta, no que não gosta e em como essas coisas te definem?
Experimente! Escreva um texto (você não precisa mostrar para ninguém, se não quiser. Ou pode sair mostrando para todo mundo depois, se der vontade). Comece esse texto com “Olá, prazer!” e deixe fluir a partir daí. Inclua neste texto cinco coisas que você gosta e duas coisas que não gosta. Pronto.
Agora pense: como foi escrever? Como foi pensar no que escrever? Esse texto, ele te apresenta? Ele te representa?
- Este exercício faz parte do Desafio da Escrita que lancei, meio que por acaso, na última semana para alguns amigos da Academia da Criatividade de Curitiba. Muito obrigada Adri, Ana, Anderson, Carol, Luana, Manu, Pati, Polli e Vini pela oportunidade e por se entregarem aos desafios de forma tão linda. Estou amando a jornada, criar os desafios, conhecer um pouquinho mais de cada um de vocês e ler seus textos que são expressões incríveis de vocês, dos seus repertórios e dos seus universos particulares!