Nossa Cultura – especial Carlos Careqa – exibido em 13/12/2017

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Em meados dos anos da década de 1980, era possível ver em alguns muros do centro histórico de Curitiba uma pichação, ou grafite, pelos muros da capital do Paraná: “Alles Plastik, com Carlos Careqa”. Tratava-se de um modo bastante incomum de divulgação de um espetáculo, no Sesc da Esquina, que introduziu o ator, cantor e compositor Carlos de Souza ao público, para nunca mais deixar de ser o Careqa, escrito com a letra “Q” mesmo, já dando o ar de sua permanente graça vanguardista.

Catarinense de Lauro Müller, nascido em 1961, criado em Curitiba, andou junto com os performers do grupo Butch King, que contava com outros grandes artistas que vieram a fazer a cena cultural do nosso estado, como Beto Trindade, Edilson Del Grossi, o cineasta Nivaldo Lopes, o fotógrafo Julio Garrido, entre outros. Também indiretamente, é possível dizer que Carlos Careqa, mesmo à distância, de certa forma “integrou” a Vanguarda Paulista, de Itamar Assumpção, Premeditando o Breque e Arrigo Barnabé. Pois ainda ao final dos anos 80 Careqa se mandou pra São Paulo e foi beber junto aos novos gênios da MPB, direto na fonte. Depois morou em Berlim e Genebra. Em 1993, lança seu primeiro álbum: “Os homens são todos iguais”, lançado pelo selo Thanx God Records, que montou junto com Arrigo Barnabé, seu sócio até hoje em diversos empreendimentos.  Depois ainda foi tocar por um tempo nas noites de Nova York. De volta ao Brasil, adentra o novo século mais multimídia que nunca, participa de diversos especiais na televisão, atua em vários filmes, e especialmente: torna-se garoto propaganda em inúmeras peças publicitárias. Assim, nesta toada doce como a de suas canções inusitadas, acaba sendo um dos primeiros artistas brasileiros a divulgar seus temas pela internet.

 

O especial Nossa Cultura de hoje fala da obra de Carlos Careqa. Um artista independente por excelência.