A compositora, pianista, escritora e cineasta Jocy de Oliveira será homenageada com uma mostra inédita em sua cidade natal, Curitiba, entre os dias 20 e 25 de maio. A programação gratuita, que leva o nome “Mostra Jocy de Oliveira – uma artista curitibana”, destaca a pluralidade e o pioneirismo da artista em diferentes áreas, como música contemporânea, cinema e literatura.
Idealizada e produzida por Alvaro Collaço, a mostra marca um reencontro simbólico entre Jocy e a cidade onde nasceu, no bairro Batel. Aos 89 anos, a artista radicada no Rio de Janeiro retorna à capital paranaense para apresentar ao público sua trajetória e obra em uma série de eventos, como conversas, exibições de filmes, concertos, palestras e o lançamento de seu mais recente livro, Alucinações autobiográficas.
“Essa mostra em Curitiba significa uma volta à memória, ao sonho, aos quintais da minha infância”, afirma Jocy. O evento é realizado com apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Prefeitura de Curitiba, da Fundação Cultural, Ministério da Cultura e diversas instituições culturais locais.
A programação começa no dia 20 de maio, no Memorial de Curitiba, com uma conversa entre Jocy e o compositor Felipe Ribeiro. Nos dias 21 e 25, na Cinemateca, será exibido o filme LiquidVoices – A história de Mathilda Segalescu, premiado internacionalmente. No dia 22, a Capela Santa Maria recebe um concerto com obras da compositora, interpretadas pela soprano Gabriela Geluda, pela pianista Lilian Nakahodo e pelo clarinetista Sérgio Albach.
No dia 23, Jocy ministra a palestra “Postopera e diálogos” na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). E no dia 24, no Museu Alfredo Andersen, ela lança o livro Alucinações autobiográficas e faz a doação de uma obra do acervo pessoal de Alfredo Andersen, pintada em 1894.
Com uma carreira internacional consagrada, Jocy foi solista sob regência de Igor Stravinsky e colaborou com nomes como John Cage e Luciano Berio. É autora de nove óperas multimídia, oito livros – entre eles o premiado Diálogo com cartas – e dezenas de discos gravados em países como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra.
A mostra busca não apenas resgatar a memória da artista curitibana, mas também aproximar o público local de sua produção vanguardista, marcada pela fusão entre música, literatura e audiovisual.