A coletiva artística filhas da fruta levará o espetáculo cênico-musical “rádiO atalalaiA” para hortas comunitárias de Curitiba entre os dias 27 e 30 de março de 2025. A iniciativa, parte do projeto “De Horta em Horta – filhas da fruta seguem cultivo”, oferece apresentações gratuitas e interativas conduzidas pelas palhaças Camila Jorge e Má Ribeiro.
Espetáculo em sintonia com a comunidade
Com apresentações na Horta do Jacu, no bairro Bom Retiro, e na Horta Dembinski, no CIC, as artistas promovem uma rádio ao vivo, combinando improviso, música e humor. Quadros como “mensagem do dia”, “horóscopo” e “previsão do tempo” fazem parte da experiência, que busca criar um vínculo lúdico com o público e os espaços urbanos.
Criado em 2016 na Feira de Orgânicos do Passeio Público, “rádiO atalalaiA” teve edições presenciais até 2020 e foi adaptado para o formato virtual durante a pandemia. Em 2025, o espetáculo retorna ao contato direto com as comunidades, fortalecendo laços sociais e promovendo descentralização artística. “Este é um espetáculo que nasceu no meio da feira, em relação com as pessoas. Apresentar nas hortas urbanas amplia as frequências e fortalece laços comunitários”, destaca Camila Jorge.
Acessibilidade e inclusão
O projeto também avança na pesquisa de dramaturgia inclusiva, oferecendo acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão. No dia 20 de março, uma apresentação será realizada no Instituto Paranaense de Cegos (IPC), além de uma ação de mediação inclusiva na Horta do Jacu no dia 26 de março. “Nossa sociedade capacitista deixou a acessibilidade de lado por muito tempo. Queremos aprender, mudar e colocar em prática ações anticapacitistas”, afirma Má Ribeiro.
Registro e memória
A experiência será registrada em um vídeo arte produzido ao longo da temporada. A artista visual Lidia Ueta documentará os encontros e trocas artísticas, disponibilizando o material no YouTube e Instagram da coletiva filhas da fruta.
Na foto de Franci Valdeira, as filhas da fruta durante apresentação na Feira de Orgânicos do Passeio Público, onde as primeiras sementes do projeto foram plantadas com a “rádiO atalalaiA”, em 2016. (Mais imagens em: Fotos rádiO atalalaiA – assessoria)
