De que maneira a naturalização das categorias ocidentais de gênero perpetua a colonização de corpos racializados?

A mesa propõe uma leitura coletiva, crítica e posicionada do pensamento da socióloga yorubá Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, e suas implicações para os estudos africanos, estudos de gênero, raça, etnicidade e feminismos.

Nossa proposta consiste em uma reflexão multidisciplinar sobre as aproximações, distanciamentos, embates e desafios que a compreensão de gênero enquanto instrumento de dominação colonial possibilita para nossos campos de estudos.

Esta mesa temática busca apresentar e discutir os projetos ativos no âmbito do “ÍTÀN- poéticas da imagem: outras grafias, narrativas insurgentes” – grupo de pesquisa do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Africanos.

Congregando pesquisadorxs das Artes, Ciências da Saúde e Antropologia, essa mesa propõe análises indisciplinadas e interpelações transversais em torno das experiências afrodiaspóricas e dos discursos e dispositivos hegemônicos de controle das vidas negras.

A partir da crítica à iconologia da arte contemporânea em relação às pessoas negras, à necropolítica existente entre sistema de saúde e sistema penal e da memória normativa e binária da experiência negra, procuramos revelar as narrativas insurgentes que têm sido gestadas no atlântico negro contra e para além dos discursos e dispositivos de controle e morte.

Que agências políticas, culturais, religiosas, poéticas e sexuais podem (ou não) serem (re)lidas a partir da crítica de Oyěwùmí? Quais os perigos de considerar gênero como uma categoria analítica universal? Como os feminismos encaram as relações sociais em sociedades não-ocidentais, sobretudo as africanas?

Dia 08 de dezembro de 2021, às 20h, no canal do youtube: TV UFBA sala N1