Doutoranda da UFPR lança livro de poesia publicado por editora premiada três vezes pelo Jabuti


Poemas de Laurene Veras, ou Lola, foram selecionados em chamada da Patuá, editora independente de São Paulo; lançamento será em Curitiba nesta quarta (19)

“O poema está sempre de tocaia: de súbito, ele é quem nos lê”. Este é um dos 35 poemas de Laurene Veras, ou Lola, que compõem o livro Ciranda do Esquecimento. A publicação é feita pela editora independente Patuá, de São Paulo, premiada três vezes pelo Jabuti, o mais importante reconhecimento ao livro brasileiro. O lançamento será nesta quarta-feira (19), às 19h, na Casa Pagu (Rua Benjamin Constant, 400, Centro), em Curitiba – o evento é aberto ao público.

Os versos do livro de poesia tratam sobre temas diversos com destaque para morte, tempo, angústia, amor, gatos e poesia. Para Lola, doutoranda em Estudos Literários na UFPR (Universidade Federal do Paraná), a poesia pode suscitar diferentes interpretações e reações. “Muitas vezes depende dos repertórios, de linguagem, de valores e de vida, do leitor. E outras vezes o poema é mais simples, mais imagético, mas também pode gerar diferentes respostas. É nesse sentido que dá para dizer que o poema é quem nos lê”, diz a escritora, que também é filósofa e professora.


Capa-do-livro-de-poesia-Ciranda-do-Esquecimento-de-Laurene-Veras

O livro de poesia foi selecionado por meio de chamada para publicação da editora Patuá, que atua desde 2011 e, além do Jabuti, tem outros importantes prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Biblioteca Nacional e o Prêmio Casa de las Américas (Cuba).

Ciranda do Esquecimento remete à circularidade do tempo e da História ao relacionar a brincadeira da cantiga de roda, e também à morte e à memória. “Esse título tem o tempo, a infância, mas também a tristeza e a violência da desmemória, do esquecimento, da nadificação do sujeito. Um dia você acha que a sua existência importa, você é importante para algumas pessoas, no próximo, você deixa de existir. Só que a literatura é um poderoso antídoto contra o esquecimento”, afirma Lola, que escreve poesia desde os 13 anos, começando com a leitura dos poemas da Cecília Meireles.

No contexto do livro digital, a escritora explica que literatura é literatura, o que muda é o veículo usado para acessá-la, e que a materialidade do livro pode trazer uma relação afetiva com o objeto, que extrapola o conteúdo. “É importante as pessoas lerem um pouquinho de tudo para descobrir o que gostam de ler e daí refinarem sua busca por literatura, e lerem cada vez mais. Muitas vezes, nesse processo, a gente descobre sobre o que gosta a partir das coisas que a gente aprende que não gosta”, sugere Lola.

Serviço
Lançamento do livro de poesia Ciranda do Esquecimento, de Laurene Veras
Dia 19 de junho (quarta-feira), às 19h, na Casa Pagu (Rua Benjamin Constant, 400, Centro – Curitiba)
Aberto ao público com entrada grátis – pagamento apenas do que consumir no local e, caso queira, comprar o livro.
Também disponível para compra online neste link: https://www.editorapatua.com.br/ciranda-do-esquecimento-poemas-de-laurene-veras/p

Fotos: Malcolm Carvalho