
As temporadas foram gravadas em escolas e contextos sociais diversos por onde a pesquisa de Otavio Zucon e Nélio Spréa avança. Para esta nova etapa, foram escolhidas as instituições Escola Municipal Augusto Pires de Paula, no Distrito de Três Córregos, em Campo Largo; Escola Municipal São José, na Colônia Murici, em São José dos Pinhais; Escola Municipal Barão de Mauá, na Vila Zumbi, em Colombo; e Escola de Educação Especial Lucy Requião, em Santa Felicidade, Curitiba.
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O perfil das comunidades e instituições envolvidas foi delineado pensando-se variantes socioculturais, ambientais e de inclusão. Por isso, foram escolhidas escolas em contextos bem distintos. Por exemplo, a de Campo Largo fica em meio à Floresta Nacional do Assungui. Na de São José dos Pinhais, os alunos são de uma colônia de origem polonesa, a Colônia Murici. A escola de Colombo abriga o território da Vila Zumbi dos Palmares e a de Curitiba realiza atividade com crianças e jovens com variadas deficiências.
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“As comunidades e seus diferentes referenciais permitem ao público ver variações de algumas brincadeiras tradicionais e recriações baseadas em elementos locais. Ou seja, as paisagens, meio ambiente e origens socioculturais são, muitas vezes, parte da composição desse brincar. Assim, a série valoriza a criança como agente direto da narrativa fílmica e descortina um olhar para algumas dimensões das culturas regionais, enaltecendo-as como parte de seu patrimônio imaterial”, conta Otavio.
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Os filmes produzidos são uma ferramenta importante para a persistência de brincadeiras, mesmo nos dias atuais, onde as telas geram grande impacto no cotidiano das crianças. “A série AUÊ chega a ser importante até para a passagem de brincadeiras para outras gerações. Ela percebe as crianças como detentoras e transmissoras de um “saber lúdico” repassado no ambiente escolar. Seu principal objetivo é a valorização e disseminação das brincadeiras tradicionais, tanto através do público infantil quanto a partir dos educadores”, explica Nélio.
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Este projeto foi realizado através do Programa estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE) – Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná, com apoio da COPEL.