O tradicional encanto do circo está de volta às praças do Paraná. O Grupo Triolé inicia nesta quarta-feira (4) a circulação do espetáculo “Qual a graça de Laurinda?”, com apresentações gratuitas em cinco cidades do Estado e oficinas de palhaçaria voltadas a crianças. A iniciativa busca resgatar a memória afetiva dos pequenos circos que percorriam o interior do Brasil, promovendo encontros com o riso, a arte e a imaginação.
A estreia será em Arapongas, com sessões às 14h e às 19h30, na Estação Cultural Milene. No dia seguinte (5), acontece uma oficina de palhaçaria na Escola Municipal de Artes, das 14h às 16h. O itinerário segue por Apucarana (10 e 11 de junho), Alvorada do Sul (13 de junho), Jacarezinho (4 de julho) e Ibiporã (10 de julho).
Além das apresentações, cada município recebe uma oficina formativa gratuita, voltada a crianças da rede pública ou atendidas pelo CRAS. Todas as ações contam com interpretação em Libras e acessibilidade para pessoas com deficiência.
A peça, que completa 15 anos em cartaz, é protagonizada pelos palhaços Labretta (Gerson Bernardes) e Mereceu (Alexandre Simioni), que se envolvem em uma divertida disputa pelo amor de Laurinda, uma palhaça fictícia retratada apenas em um jornal chamado Tribuna do Riso. A narrativa se desenrola com humor físico e sem falas, inspirada nos desenhos animados das décadas de 1970 e 1980. A trilha sonora é assinada por Tonho Costa.
“Queremos retomar a tradição da itinerância do circo, levando o espetáculo para cidades que, no passado, receberam grandes lonas e hoje estão fora desse circuito”, destaca Bernardes. O grupo utiliza uma estrutura semelhante à de um pequeno circo, adaptável a espaços públicos, sem cobertura, mas com iluminação e cenário completos.
Desde sua estreia em 2010, o espetáculo acumula mais de 200 apresentações e já foi reconhecido com o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo, da Funarte. Para Simioni, a proposta vai além do entretenimento: “Acreditamos no poder da arte de sensibilizar, e estruturamos o projeto para alcançar o maior número de pessoas possível.”
A realização é do Grupo Triolé, com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná e do Ministério da Cultura, via recursos da Lei Paulo Gustavo.