Acontece, no dia 14 de setembro, sábado próximo, das 14 às 19 horas, nas ruas da Vila Torres, a primeira edição do Festival Vila Torres. Em palco aberto, o evento será formado por uma exibição dos talentos da comunidade, o que inclui apresentações dos blocos carnavalescos Afropretinhosidade, Baque Mulher e Aroeira.
O festival é o resultado da união de 11 organizações da comunidade, organizadas para trabalhar pela visibilidade das ações desenvolvidas na vila – uma das mais antigas de Curitiba, cujos primeiros registros remontam meados da década de 1950. O evento busca fortalecer a identidade dos talentos locais. Será uma tarde com diversas apresentações: música, dança, slam de poesias, rap, demonstração de luta, contação de história e convidados especiais.
A primeira edição também se ocupa de resgatar a memória da comunidade. Para tanto, haverá exposição de fotografias antigas e registros sonoros de depoimentos de moradores. Essa ação conta com a parceria do Núcleo de Comunicação e Educação Popular da Universidade Federal do Paraná (Ncep-UFPR). A intenção é inspirar outras comunidades a registrarem seu passado.
Sobre a Vila Torres
Com aproximadamente 7 mil habitantes, 66 anos de idade, 199,4 mil metros quadrados, a Vila não é uma comunidade invisível em meio às mais de 250 ocupações da cidade. Seus principais problemas estão relacionados à pobreza extrema; desemprego, trabalhos precarizados; su-habitação; população em situação de rua; coletores de resíduos sólidos (grande concentração de barracões em residências); questões socioambientais em torno do Rio Belém e zoonoses. Some-se o uso abusivo de álcool e outras drogas; violência decorrente do tráfico; ausência de serviço de esporte, cultura e lazer que contemplem a comunidade.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, publicado em novembro de 2014, a Vila Torres divide com a Vila Parolim o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM/2010) de Curitiba – 0,623, com expectativa de vida de 69 anos. O IDHM da cidade é de 0,783. Paralelo a tantos desafios, a vila é modelo de organização comunitária, servindo de modelo nas divisas da cidade e fora dela.
Realizadores (organizações da comunidade):
- Passos da Criança: Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, atua há 15 anos oferecendo atividades de contraturno escolar para crianças e adolescentes de 05 a 14 anos de idade, em situação de risco e/ou vulnerabilidade social.
- Organização do Desenvolvimento do Potencial Humano – ODPH: Instituição de caráter filantrópico educacional, cívico, cultural e sem fins lucrativos, realiza ações socioeducativas e assistenciais, atende diariamente 40 crianças de 06 a 12 anos de idade.
- Casinha de Pão: projeto da igreja ICP Curitiba, tem como o propósito de atrair, integrar e servir a comunidade, levando-a a um compromisso com princípios bíblicos. Compartilha o Evangelho por meio do desenvolvimento social, educacional e espiritual de crianças em contraturno escolar.
- Centro Vicentino de Educação Infantil Santa Luiza: estabelecimento educacional que tem por finalidade a educação infantil, formal e informal, de acordo com as leis vigentes e princípios cristãos. Localizado na Vila Torres há 19 anos, atualmente atende 127 crianças de 04 meses a 5 anos de idade.
- Byenvini (ONG Haiti): Organização para acolhimento dos imigrantes haitianos.
- Projeto A Magia do Boxe – Clube de Mães União Vila das Torres: projeto social localizado no Clube de Mães, é voltado a pratica de artes marciais e atende crianças, adolescentes e adultos com aulas esportivas de boxe olímpico, MMA, jiu jitsu e muay thai
- Cooperativa Nós (Cooperativa das mulheres): cooperativa formada por mulheres residentes da Vila Torres, atua nos princípios da economia solidária praticando a cooperação, solidariedade e autogestão, com foco no desenvolvimento territorial
- Conviver Marista: serviço de convivência e fortalecimento de vínculos localizado em bairros em situação de vulnerabilidade e/ou risco social, oferecendo educação integral a crianças e adolescentes por meio de experiências lúdicas, culturais, esportivas e de lazer como forma de expressão, interação, aprendizagem e proteção social
- Escola Municipal Vila Torres: escola municipal de educação infantil e ensino fundamental,
- Centro de Referência de Assistência Social Vila Torres – CRAS: unidade pública de assistência social, responsável pela execução dos serviços socioassistenciais da proteção básica para famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e/ou risco social, como estabelece o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
- Younger’s (Coworking): coworking social que atua na comunidade, com foco no desenvolvimento humano, por meio do empreendedorismo e empregabilidade, oferecendo cursos, palestras , suporte e mentorias para jovens de 14 a 35 anos
Convidados externos:
– Chácara Meninos de 4 Pinheiros: Casa de acolhimento em Mandirituba, os jovens farão apresentação de rap.
– Canjão: grupo da cidade de samba e pagode.
– Charles Racional: grupo de música autoral de Curitiba, compõem a cena autoral da cidade, tocando em diversos espaços.
– Bloco Afropretinhosidade: bloco formado por 95% de pretos e pretas, tem como objetivo, além de promover o Carnaval na cidade, refletir sobre as questões raciais e valorizar a cultura da periferia.
– Baque Mulher
– Aroeira
Serviço:
Data: 14/09 (sábado)
Horário: das 14h às 19h
14h às 15h: arrastão de carnaval com o Bloco Afropretinhosidade, Baque Mulher e Aroeira.
15h às 19h: programação do palco com apresentações dos talentos da comunidade e convidados (Chácara Meninos de 4 Pinheiro, Canjão e Charles Racional).
Endereço: Rua Baltazar Carrasco dos Reis, esquina com a Manoel Martins de Abreu – próximo a Ponte da Paz.
Para mais informações entrar em contato com:
Maria Ignacia Encina – 997192024 / 992426594 ([email protected])
Luciane Passos: 999776437 ([email protected])
Telefone Passos da Criança: 30163501